Pós-Covid: principais sequelas

Há muitas pessoas que ainda não ouviram falar sobre síndrome pós-COVID. Esse é o nome dado para um conjunto de problemas que podem afetar a saúde, recorrentes ou contínuos, que surgem em até 70% dos pacientes.

Esses sintomas podem se manifestar em qualquer pessoa que já teve contato com o vírus, mesmo os assintomáticos. Caso tenha interesse em conhecer mais sobre o assunto, basta continuar lendo este conteúdo!

Sintomas mais comuns no pós-COVID

Por vezes chamado de COVID longa e de sequelas agudas do pós-COVID, é sobre um conjunto de sintomas persistentes que surgem ou continuam após uma pessoa ser infectada pelo vírus da COVID-19.

A maioria das pessoas não desenvolvem sintomas ou então se recuperam totalmente. No entanto, cerca de 80% das pessoas recuperadas podem notar, pelo menos, um sintoma Pós-Covid e que dura mais ou menos quatro meses.

É possível que esses sintomas sejam observados mais comumente em pacientes que tiveram quadros mais graves e ficaram internados na UTI. Entre os sintomas, estão os seguintes:

  • Fadiga;
  • Cansaço;
  • Fraqueza;
  • Mal-estar;
  • Falta de ar (ou dificuldade para respirar, respiração curta);
  • Fibrose nos pulmões e/ou rins;
  • Perda de paladar e olfato (temporária ou duradoura);
  • Dores de cabeça;
  • Dores e/ou fraqueza musculares;
  • Dificuldades de linguagem;
  • Dificuldades de raciocínio/concentração e memória;
  • Distúrbios do sono (insônia);
  • Depressão e ansiedade;
  • Agravamento de doenças preexistentes.

Pode ser que a pessoa tenha complicações mais graves ou persistentes pós-COVID-19. Entre as complicações que podem piorar, envolvem os pulmões, rins e condições de doenças preexistentes.

Ao passo que, o quadro de sequelas que não são tão graves, mas persistentes, tem relação com a perda do olfato e paladar. Bem como sintomas de ansiedade e depressão.

Fibrose nos pulmões

É normal que os pacientes tenham nenhuma ou alguma dificuldade ao respirar, porém em casos mais graves essa condição poderá eventualmente evoluir à fibrose pulmonar (cicatrização do tecido após dano).

Ou até mesmo em uma bronquiolite obliterante, que ocorre quando as células não são capazes de se recuperar após inflamação ou infecção dos pulmões.

Fibrose nos rins

Quando o sistema imune está mais fraco devido a infecção do novo coronavírus, as células inflamatórias podem prejudicar também os rins. Isso faz com que surja um processo de fibrose nos órgãos e, dependendo do caso, pode até mesmo resultar em uma insuficiência renal aguda e até necessidade de diálise.

Agravamento de doenças preexistentes

As pessoas que já possuem algumas doenças, podem ter os sintomas agravados. Por exemplo, em alguém que tem diabetes do tipo leve, é possível que o problema evolua para um quadro mais grave e difícil de manter sob controle.

Ainda não se sabe exatamente o motivo de isso acontecer.

Ansiedade e depressão

Com certa frequência, alguns pacientes se queixam em relação aos problemas psicológicos no Pós-Covid. Há uma série de motivos que podem acabar causando impactos mentais às pessoas.

Devido ao fator desse vírus ser agressivo, em alguns casos, deixa sequelas pós-traumáticas nas pessoas. Diante dessa situação, o ideal é que essas pessoas tenham um acompanhamento profissional.

Ansiedade também é outro sintoma comumente relatado, indicado por:

  • Palpitações;
  • Sudorese;
  • Taquicardia;
  • Inquietação;
  • Preocupação exacerbada.

A porcentagem de pessoas que se recuperaram da doença e apresentam esses sintomas é por volta de 15% a 20%.

Sintomas persistentes menos comuns pós-COVID

Entre os sintomas persistentes e menos comuns Pós-Covid, estão os seguintes:

  • Dor no peito;
  • Palpitações;
  • Hipertensão e outros cardiovasculares;
  • Tontura;
  • Tromboses;
  • Bexiga neurogênica (dificuldade de urinar de forma espontânea);
  • Queda de cabelo;
  • Diarreia;
  • Dores abdominais;
  • Náusea;
  • Apetite reduzido.

Outros sintomas menos comuns mas que também merecem atenção são:

  • Impotência sexual ou perda de libido;
  • Alucinações e delírios;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Convulsões;
  • Inflamação de nervos;
  • Zumbido;
  • Dores de ouvido;
  • Dores de garganta;
  • Febre;
  • Erupções cutâneas;
  • Anorexia;
  • Entre outros.

Acometimento pulmonar

A maior parte das sequelas, como o acometimento pulmonar, acontece devido ao processo inflamatório exacerbado desencadeado pelo vírus (chamado de tempestade inflamatória). Além de agravar os pulmões e rins e seus sintomas, também gera impactos na mobilidade e na circulação.

Sendo assim, pode ser que seja preciso que o paciente faça reabilitação específica para uma recuperação melhor. A ciência continua estudando quais sequelas são permanentes, porém, a maioria dos quadros pode se resolver com ajuda médica.

As pessoas que se recuperaram da doença precisam ficar atentas às suas condições de saúde, a incômodos que podem sentir e sintomas intensos e prolongados. Sendo assim, o cuidado pós-alta é essencial para recuperar-se de forma plena, bem como fazer exames de imagem.

Aqui no país, há uma série de iniciativas nas redes pública e privada de saúde que estão tratando dessas sequelas. No Einstein, por exemplo, foi desenvolvido um protocolo específico e pioneiro, com equipe dedicada à reabilitar os pacientes com os mais variados sintomas e complicações pós-Covid.

Alguns pacientes hospitalizados Covid-19 podem apresentar complicações no cérebro, como acidente vascular cerebral (AVC). Essa previsão é fruto de um estudo que apresenta as complicações do sistema nervoso central.

Buscando ajuda

Alguns estudos sugerem que as mulheres são mais propensas a desenvolver a síndrome pós-COVID. Essa hipótese tem relação com a diferença da resposta imune dos organismos das mulheres, em comparação ao dos homens.

É importante ficar atento, mas vale notar que nem todos os sintomas persistentes que podem aparecer após a recuperação da COVID-19 são sequelas permanentes. Caso esteja preocupado quanto alguns dos sintomas e já se passaram quatro semanas ou mais desde que começaram, o ideal é procurar um médico.

Pergunte a ele sobre a possibilidade da Síndrome pós-COVID, para que ele possa lhe orientar se será necessário fazer outras avaliações, exames de imagem ou tratamentos para reabilitação.

E, também é importante continuar mantendo todos os cuidados de prevenção, para evitar contaminar-se.

Conclusão

Em suma, não há um prazo de validade para o fim dos sintomas, tendo em vista que não já informações o bastante que possam afirmar, em média, qual a duração das sequelas pós-COVID. A melhor forma de evitar esses problemas continua sendo a prevenção.

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