Quais são as principais sequelas da COVID-19?

Mais de dois anos após o surgimento do novo coronavírus, as suas sequelas ainda são materiais de estudo entre os médicos e cientistas. O vírus pode deixar sequelas tanto leves quanto graves nos infectados, seja a curto ou longo prazo e podem ser passageiras ou permanentes.

Para entender melhor sobre as sequelas da COVID-19, basta continuar lendo este conteúdo!

Sequelas da COVID-19

As sequelas que provocam danos no aparelho respiratório estão entre as mais conhecidas da COVID-19. Porém, ainda há uma série de outras sequelas que podem ser resultado do vírus, tais como:

  • Neurológicas;
  • Pulmonares;
  • Cardíacas;
  • Renais;
  • Vasculares;
  • Gastrointestinais.

Sequelas neurológicas e danos cerebrais

As sequelas neurológicas e danos cerebrais são uma das mais comuns, causadas pelas complicações do vírus no organismo.

De acordo com um estudo realizado em abril de 2020, que reuniu pesquisas da UFRJ, instituto D’OR e da Queen’s University, o vírus pode afetar o sistema nervoso central.

Dessa forma, ao longo do tempo, o cérebro poderá ter o seu funcionamento prejudicado. Esse estudo foi publicado na revista Trends in Neurosciences do grupo Cell.

A finalidade era alertar a comunidade científica em relação a importância de monitorar os pacientes infectados com o vírus. Mesmo que eles já tenham se recuperarado dos sintomas respiratórios da doença.

Na França, foi possível detectar alguns dos sintomas pós-covid nos pacientes, tais como:

  • Desorientação;
  • Confusão mental;
  • Perda de memória;
  • Agitação.

Com o passar do tempo, o acometimento neurológico ou sequelas do mesmo podem tornar mais favorável, por exemplo, o surgimento de Alzheimer, Parkinson e outros distúrbios neurodegenerativos.

Por essa razão, é importante acompanhar os pacientes infectados com o vírus. E, é válido ressaltar que a perda de olfato está entre os sintomas mais comuns da doença e pode indicar que o vírus chegou ao sistema nervoso central (neurológico).

Sequelas pulmonares

Não há dúvidas de que os pulmões são o alvo principal do vírus e, por essa razão, costumam a levar mais tempo para se recuperar. As alterações pulmonares após a inflamação podem permanecer por semanas ou até por meses, fazendo com que os pulmões tenham suas funções comprometidas.

Quando as “marcas” deixadas pela COVID-19 são irreversíveis, é possível que a fibrose pulmonar já tenha se instalado. Como resultado disso, o pacientem tem uma redução de sua capacidade pulmonar permanentemente.

Há uma série de graus em que isso pode ocorrer, que vão desde os sintomas mais leves sem manifestação nos exames de imagem, até os sintomas mais sérios com alterações nos exames de imagem.

Aqueles que precisam ser internados durante a doença e possuem pneumonia, quanto mais grave for, maiores serão as chances de desenvolver sequelas pulmonares após a recuperação.

Sequelas cardíacas e renais

Um dos problemas que a COVID-19 pode causar ao coração é a miocardite. Trata-se de uma inflamação do tecido muscular do órgão e, dessa forma, os seus efeitos tendem a comprometer a função da musculatura cardíaca e também prejudica o sangue de bombear para o resto do corpo.

Como resultado, o paciente poderá ter sequelas como fibrose da musculatura cardíaca. O maior desafio é identificar a condição, visto que sua manifestação é silenciosa e não apresenta sintomas específicos.

No primeiro sinal mais direto que o paciente tiver, é provável que a miocardite já se encontre em um grau mais avançado, o que debilita muito a condição do paciente.

Apesar de ainda ser cedo para tratar sobre o assunto, há relatos de pessoas que tiveram insuficiência cardíaca após a miocardite. O risco torna-se mais elevado quando o paciente tem alguma condição pré-existente no coração.

Em relação aos rins, a estimativa é que cerca de 40% dos pacientes que vão para a UTI, durante a internação sofrem com alguma insuficiência renal. Com o tempo, podem acabar precisando fazer uma hemodiálise.

Pode levar meses até que o paciente se recupere 100%. Algumas sequelas ainda podem gerar impactos na qualidade de vida do paciente, como perda da função renal.

Fibrose do parênquima renal e hidronefrose (dilatação dos cálices renais) são condições que também podem acontecer o paciente.

Sequelas vasculares

A ocorrência de AVC’s é uma das complicações que os pacientes com COVID-19 em caso mais grave podem apresentar. Isso porque, o vírus faz com que o sangue tenha uma tendência maior à coagulação.

Dessa forma, um fator sanguíneo usado para ajudar a diagnosticar tromboses, o dímero-D, tornou-se uma ferramenta essencial no manejo do paciente com COVID-19.

Quando o marcador estiver alto, é provável que o paciente esteja desenvolvendo ou já desenvolveu uma trombose, complicando mais o seu quadro. Em um estado trombogênico, o paciente terá maiores chances de obstrução dos vasos sanguíneos em vários órgãos do corpo, como o cérebro, onde poderá causar o AVC.

Conforme for o vaso sanguíneo e área cerebral acometida, o paciente ainda poderá desenvolver uma sequela específica ligada com a área afetada. Entre outras consequências, é possível citar a embolia pulmonar, renal e necrose das extremidades.

Sequelas gastrointestinais

É possível observar nos pacientes infectados com o coronavírus o surgimento de sintomas gastrointestinais, tais como:

  • Falta de apetite;
  • Dor abdominal;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia.

Estes são alguns dos sintomas conhecidos durante a fase aguda da doença, mas também podem se prolongar conforme o nível de agressão do vírus ao trato gastrointestinal ou em outros ligados a digestão, como o fígado e pâncreas.

Dependendo do grau de agressão, pode até mesmo causar lesões permanentes nestes órgãos, causando até a perda de função deles e, como consequência, mudanças do hábito intestinal habitual do paciente.

Vale alertar que, o uso de medicamentos para tratar alguns dos sintomas é válido, mas também podem provocar o surgimento de outros. Tendo em vista que as medicações, geralmente, agridem os órgãos do trato digestivo.

Para identificar se os sintomas gastrointestinais são sinais da COVID-19, é preciso atentar-se ao estado geral da saúde do paciente. É necessário fazer uma análise prévia que possa indicar se esses fatores já existiam ou se houve algo que desencadeou.

Conclusão

Como você pôde ver neste conteúdo, a Covid-19 pode deixar uma série de sequelas no corpo da pessoa infectada que podem durar pelo resto de sua vida. Por isso, é importante prevenir-se para evitar a contaminação.

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